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Quando escorrego os dedos pelo papel ou arranho o papel com a esferográfica, tenho uma forma mais escorreita de escrever. Encontro ali a velocidade do meu pensar. No teclado do PC , julgando-me lesto, comecei a notar que por vezes fazia pausas que me retiravam ao momento….o meu pensamento precisava de ser amarrado para não me fugir, circunstancialmente estava mais á frente que a minha escrita. Só que de tanto andar á frente por vezes foge-me e depois já não o agarro. Com a esferográfica, utensílio que tinha abandonado, voltei a conciliar-me com o meu pensamento…agora paralelamente reproduzimos esta espécie de ideais, coisas que me vão na cabeça por assim dizer.

Tenho nos últimos dois anos feito um percurso inverso ao que fazia há 20 ou 30 anos, agora não leio muito, apetece-me escrever…dizer coisas, por mais absurdas que pereçam, escrevo-as. Depois releio-as passado um tempo, não na altura, na altura limito-me a dar uma passagem de olhos só para rectificar erros e corrigi-los, casos os encontre, pois a leitura é feita na diagonal, e quando os releio gosto do que escrevi, já me cheguei a interrogar, mas fui eu que escrevi isto, e como escrevi isto.  

Para a mim a escrita é uma espécie de terapia, esvazio a alma na altura, digo o que me vai na cabeça…no pensamento, não faço introspecção, embora possa ser um acto introspectivo. É um acto espontâneo, nascido de uma espécie de impulso incontido manifestado como um tique onde o movimento está fora do controle da minha vontade. Tenho colocado coisas em Word (novas tecnologias dão nisto) hoje em dia que muitas vezes não fazia ideia da sua consistência ou inconsistência, são os meus espíritos, não fantasmas, esses, não precisei que os levassem, nunca quiseram nada comigo, resolvi os problemas na quinta dimensão e ninguém me acompanha…tem medo de mim, dizem-me muitas vezes, tu assustas…mas assustas mesmo!

Tudo isto deve ter um fim, esta verborreia, comecei com a esferográfica e dou por mim agora a falar de fantasmas…bom que destino terá este texto, o lixo orgânico?

Ou ficará pelo meu lixo espiritual?

Tudo é simples, as palavras é que complicam, mas se bem usadas são uma melodia para o cérebro, afinal o que queria dizer era somente que voltei á esferográfica, que se compatibiliza mais comigo, com a velocidade do pensar, a muita ou pouca, e permite-me ser eu numa forma mais adequada á minha pretensa escrita que transmita algo, ou não, serve como acto de expiação.

Um conselho, expiem……